Esta obra procurou traçar um painel da capacidade institucional instalada em pequenas cidades, em especial àquelas situadas ao largo de importantes polos industriais e universitários do interior do país, como São Carlos. Para fins de embasamento, discute-se o conceito polissêmico de Desenvolvimento, dissociando-o do mero crescimento econômico e dotando-lhe das características do Novo-Desenvolvimentismo vivido no Brasil no início do séc. XXI, relacionadas a políticas de distribuição de renda e empoderamento popular. Após, explica-se a diferença entre esta fase e a era nacional-desenvolvimentista de meados do séc. XX, quando a lógica ainda era majoritariamente econômica e nacionalista. Segue-se à análise das capacidades intrínsecas e necessárias ao Estado, a fim de entender como este precisa ser capaz de induzir e promover o desenvolvimento de comunidades afastadas ou pequenas e desprovidas de possibilidades endógenas de transformação social. Finalmente, passa-se ao diagnóstico da presença do Estado nas cidades destacadas, a fim de demonstrar como a universidade pública regional, entendida como um ente do Estado, pode contribuir sobremaneira para a capacitação destas comunidades.